Fentanil opioide e drogas de rua relacionadas são altamente letais, dizem especialistas em dependência
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Por Dennis Thompson
Repórter do HealthDay
QUINTA-FEIRA, 16 de junho de 2016 (HealthDay News) – A recente morte por overdose da lenda do rock Prince trouxe um foco renovado sobre os perigos representados pelos opióides sintéticos – narcóticos criados em laboratório ajustados por químicos para produzir efeitos potencialmente letais enquanto contornam as leis de drogas dos EUA .
O príncipe Rogers Nelson, 57, morreu em 21 de abril de uma overdose de fentanil , uma droga frequentemente usada para aliviar a dor em pacientes com câncer quando os opioides tradicionais se mostram ineficazes.
Apesar de seus usos médicos legítimos, o fentanil adquiriu uma reputação crescente como uma droga de rua perigosa graças a pelo menos uma dúzia de variantes sintéticas agora disponíveis para os usuários, de acordo com a Agência Antidrogas dos EUA (DEA).
E o fentanil é apenas um dos inúmeros opióides sintéticos e drogas sintéticas que agora inundam o mercado de drogas ilícitas nos Estados Unidos, alertou o chefe interino da DEA, Chuck Rosenberg, durante uma audiência no Senado dos EUA na semana passada.
“Estamos tentando acompanhar uma imagem que muda quase todos os dias”, testemunhou Rosenberg. “Identificamos algo como 400 novas substâncias psicoativas nos últimos quatro ou cinco anos.”
Outro opióide sintético, o U-47700, foi relacionado a pelo menos 50 mortes em todo o país, mas é tão novo no mercado negro que a DEA ainda não se moveu para controlá-lo, segundo a Associated Press .
Os narcóticos sintéticos são perigosos porque sua potência pode superar em muito os opióides tradicionais. Por exemplo, o fentanil é 25 a 40 vezes mais potente que a heroína e 50 a 100 vezes mais potente que a morfina, disse o Dr. Mitra Ahadpour. Ela é médica oficial do Centro de Tratamento de Abuso de Substâncias na Administração de Serviços de Abuso de Substâncias e Saúde Mental dos EUA.
Rosenberg testemunhou que “o fentanil é tão perigoso que tivemos que instruir nossos agentes que, se o tocarem ou inalarem acidentalmente, poderão morrer”.
Vários estados relataram aumentos acentuados nas mortes por overdose causadas por fentanil e seus análogos em 2014, observou um comunicado de saúde dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. Ohio registrou 514 mortes relacionadas ao fentanil em 2014, em comparação com 92 em 2013, enquanto Maryland teve 185 mortes por fentanil em 2014, em comparação com 58 no ano anterior.
Ahadpour explicou que “se alguém não é tolerante a opióides e usa fentanil farmacêutico ou ilícito, você tem uma chance muito maior de depressão respiratória e morte. Sua respiração diminui, vai para uma respiração superficial e então eles param de respirar. “
Há uma grande variação na potência dessas drogas sintéticas, e muitas vezes elas são combinadas com outras drogas ilícitas, acrescentou Ahadpour. Um usuário pode comprar heroína sem saber que foi cortada com fentanil para aumentar sua potência.
Eleanor Artigiani, vice-diretora de política e assuntos governamentais do Centro de Pesquisa de Abuso de Substâncias da Universidade de Maryland, disse: “Eles podem pensar que estão recebendo heroína ou estão apenas comprando uma pílula Xanax na rua, quando na verdade é uma dessas outras substâncias.”
Artigiani acrescentou: “Pelo que tenho ouvido recentemente, às vezes até as pessoas que vendem essas drogas também não sabem exatamente o que há nelas. É como uma roleta russa, porque você realmente não sabe o que está obtendo ou qual efeito vai ter em você.”
Testes de toxicologia concluíram que Prince morreu de overdose de fentanil, embora o relatório do médico legista não tenha dito se o fentanil era receitado ou um análogo ilícito, informou a CNN .
As drogas de designer são tipicamente baseadas em medicamentos que existem há décadas, disse Artigiani.
O fentanil foi criado na Bélgica no final da década de 1950, diz a DEA, enquanto o U-47700 foi desenvolvido na década de 1970 pela empresa farmacêutica Upjohn como uma alternativa potencial para a morfina.
Os fabricantes de medicamentos do mercado negro se deparam com a fórmula de um medicamento e, em seguida, ajustam levemente a molécula para que tenha o mesmo efeito nas pessoas, mas não seja tecnicamente a mesma substância, explicou Artigiani.
“Há um artigo de jornal ou um documento de patente ou algo que é produzido”, disse ela. “Químicos ilícitos o encontram e o reproduzem ou ajustam as moléculas para procurar outros tipos de coisas que não são ilegais, que ainda não foram agendadas”.
Outros opióides sintéticos nas ruas incluem substâncias com nomes como W-18, AH-7921 e MT-45, de acordo com depoimento do Congresso fornecido por James Hall, epidemiologista do Centro de Pesquisa Aplicada sobre Uso de Substâncias e Disparidades em Saúde da Nova Southeastern University em Miami.
Os fabricantes de drogas ilícitas também produzem outras categorias de drogas sintéticas além dos opióides sintéticos, disse Hall, incluindo versões sintéticas de canabinóides, estimulantes e alucinógenos.
Quase todos os opióides sintéticos e outras drogas sintéticas são fabricados na China, disse o diretor da Política Nacional de Controle de Drogas dos EUA, Michael Botticelli, perante o Senado.
As drogas sintéticas entram nos Estados Unidos pelo correio ou através da fronteira mexicana ou canadense, disse ele, e muitas vezes são vendidas em lojas principais e outras lojas de varejo.
Legisladores estaduais e federais estão revisando a legislação destinada a melhorar a resposta contra novos narcóticos sintéticos, disse Botticelli, e os Estados Unidos estão liderando discussões com parceiros internacionais para melhorar a resposta global a essas drogas.
Mas agora, a aplicação da lei muitas vezes está vários passos atrás dos traficantes porque as leis dos EUA não são flexíveis o suficiente para proibir rapidamente análogos de drogas emergentes, disse Rosenberg ao Congresso., de comprar cytotec original rio de janeiro
“Quase sinto cada vez que assino um regulamento de controle administrativo que estou simplesmente dizendo aos bandidos: ‘Este aqui não. Vá para cá.’ E é isso que eles fazem”, disse Rosenberg. “Para cada substância que controlamos, legislativa ou administrativamente, há mais 11 por aí que não são controladas”.
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